3 de abril de 2023
Fraudes em teleconsultas: saiba como evitá-las
Desde a regulamentação da telemedicina no Brasil, que ocorreu em maio de 2022, conforme a publicação da Resolução CFM n° 2.314, pelo Conselho Federal de Medicina (CRM), a modalidade de atendimento vem se consolidando no país. Uma pesquisa do Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), realizada em dezembro de 2022, constatou que 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros fizeram consultas on-line ao longo do ano, enquanto 68% dos médicos e 51% dos enfermeiros disseram utilizar prescrição eletrônica.
No entanto, a popularização da prática da telemedicina também acaba acendendo um sinal de alerta para ataques cibernéticos, que vão desde a violação e roubo de dados até fraudes em teleconsultas. Segundo o relatório “Cost of a Data Breach Report 2021”, publicado pela IBM, o custo médio total por violação de dados no segmento de saúde teve um aumento de 29,5% em 2021 — posicionando o setor como a principal vítima de ataques digitais.
Isso acontece, principalmente, em decorrência da sensibilidade das informações e operações realizadas pela saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, dados médicos de pacientes já foram vendidos de forma ilegal por cerca de mil dólares (aproximadamente R$ 5.100,00).
Para conhecer as principais fraudes em teleconsultas e evitar cair em golpes, continue acompanhando este artigo.
Principais fraudes em teleconsultas
Ao buscar por atendimento médico on-line, é de extrema importância saber que tipo de situação pode acontecer caso você não escolha uma empresa capaz de lhe oferecer segurança e credibilidade. Além disso, conhecer as fraudes mais comuns aplicadas em pacientes durante a teleconsulta também é uma forma de redobrar os cuidados e evitar ser vítima delas.
Fraude de identidade
Devido aos constantes vazamento de dados, não é incomum que alguém tenha acesso a informações sensíveis — como nome completo, RG e CPF — de outra pessoa. Com isso, é possível agendar e realizar uma consulta se passando por outra pessoa, ou até mesmo oferecer uma consulta médica sem ser um profissional da área.
Médico não qualificado
Outra fraude comum é a prática de médicos não licenciados ou não qualificados que oferecem consultas médicas on-line. Isso acontece quando os pacientes são atraídos por promessas de tratamentos milagrosos ou preços mais baixos, mas acabam sendo atendidos por profissionais que não possuem uma formação adequada, o que pode ocasionar erros de diagnóstico e tratamento.
Fraude de reembolso
Mesmo em consultas presenciais, quando o atendimento com um especialista não tem cobertura pelo convênio, é comum que o paciente faça o pagamento e, posteriormente, solicite o reembolso à operadora. Conhecendo esse protocolo, certas clínicas agem de má-fé e aplicam golpes nos seus pacientes.
Geralmente, a empresa coleta os dados do paciente e fica responsável por solicitar o reembolso no lugar da pessoa. Em alguns casos, pode até alegar um custo por consulta mais elevado do que o acordado para receber o valor máximo pago pelo convênio.
Esse tipo de golpe é nocivo tanto ao paciente quanto para as operadoras, que gastam muito mais do que o devido com o reembolso.
Como evitar fraudes em teleconsultas
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, 44% das empresas da área de saúde não estão devidamente preparadas para ataques cibernéticos e 58% já foram alvo de algum crime virtual. Por esse motivo é tão importante conhecer as principais fraudes em teleconsultas, para encontrar maneiras de evitar cair em golpes e buscar o melhor atendimento possível em suas consultas on-line.
Sendo assim, ficar atento e seguir boas recomendações pode não ser o suficiente para se esquivar desse tipo de fraude. Uma dica é fazer a análise do dispositivo: checando a geolocalização do celular ou computador, por exemplo, com o objetivo de identificar de onde está sendo realizada a transação — seja o agendamento da consulta ou a solicitação de reembolso.
Aqui vamos ressaltar que o paciente não precisa ficar sozinho nessa. Para garantir atendimento de qualidade e segurança de dados, é essencial recorrer a empresas renomadas e de credibilidade, que são conhecidas por profissionais e outros pacientes.
Conclusão
Mais do que um tema de grande relevância ética para a medicina, a segurança de dados tornou-se, também, uma obrigação regida por lei. A multa para empresas que não agem de acordo com os termos da LGPD pode chegar a até R$ 50 milhões de reais. Ou seja, é responsabilidade da instituição, seja ela um órgão público, uma empresa física ou virtual, garantir a proteção de informações sensíveis.
Para evitar fraudes, é de extrema importância também que os pacientes se mantenham atentos, contratando serviços de plataformas de telemedicina que ofereçam praticidade, comodidade e, claro, toda a segurança necessária para o procedimento.
A OláMed investe de forma constante em inovação e está sempre atualizada no que diz respeito à segurança da informação, sempre apoiada nos pilares da integridade e confidencialidade.
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