24 de maio de 2023

Entenda os riscos do autodiagnóstico para a sua saúde

Já experimentou ter uma dor de cabeça e procurar informações sobre o sintoma na internet? É bastante comum recorrer a motores de busca para obter mais detalhes sobre possíveis doenças. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 40% dos brasileiros fazem o que pode ser chamado de autodiagnóstico.

No entanto, essa prática pode ser extremamente perigosa. Os resultados encontrados online nem sempre são confiáveis e podem levar o paciente a automedicar-se, complicando uma situação que poderia ser facilmente resolvida com a ajuda de uma equipe médica. A seguir, você entenderá por que o autodiagnóstico não é recomendado e a importância de buscar um diagnóstico preciso juntamente com um médico. 

O que é autodiagnóstico?

O autodiagnóstico é a prática de identificar sintomas e doenças no próprio corpo. Por meio de observação e pesquisa pessoal, geralmente na internet, o paciente chega a conclusões sobre uma possível condição médica que acredita estar enfrentando.

Principais riscos 

Existem diversos riscos associados ao autodiagnóstico. Ao pesquisar sintomas comuns, como febre ou dor de cabeça, os resultados apresentados podem ser perigosos. As informações encontradas online consideram sintomas gerais, mas não levam em conta as características individuais de cada paciente nem as variáveis que podem influenciar um diagnóstico, como hábitos alimentares e prática de exercícios físicos.

Um estudo publicado no periódico "The Medical Journal of Australia" analisou 36 indicadores internacionais e constatou que o diagnóstico correto foi o primeiro resultado da busca em apenas 36% dos casos. Além disso, outra questão é a quantidade de conteúdo incorreto disponível. De acordo com informações da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em uma análise de 1.152 vídeos sobre cardiologia publicados no YouTube, pesquisadores do Centro Universitário de Volta Redonda constataram que apenas 4% dos conteúdos estavam corretos.

As imprecisões nos resultados das pesquisas online levam a atrasos na descoberta do problema e, consequentemente, no início do tratamento adequado, o que pode agravar a situação. Além disso, é muito comum que os pacientes se automediquem com base no que encontram na internet, o que pode causar complicações ainda maiores. Segundo o ICTQ, essa prática é bastante comum entre os brasileiros, com 79% tomando medicamentos por conta própria, sem recomendação médica.

Autodiagnóstico no Brasil

Conforme mencionado anteriormente, a pesquisa conduzida pelo ICTQ revelou que 40% dos brasileiros praticam o autodiagnóstico. Segundo Marcus Vinicius de Andrade, fundador do instituto, a facilidade de acesso à internet e a consolidação dos mecanismos de busca como fontes de informação são alguns dos principais fatores que levam os pacientes, especialmente os mais jovens, a evitar consultórios médicos e laboratórios de exames em todo o país.

A pesquisa demonstra que os pacientes das gerações mais jovens, particularmente das classes A e B, são os que mais substituem o atendimento médico pelas pesquisas online. Isso pode estar relacionado a um estilo de vida cada vez mais digital e imediatista, em que a primeira reação do paciente ao perceber um sintoma é buscar informações em seu smartphone.

Além disso, a pandemia pode ter agravado essa situação. Com o objetivo de evitar sair de casa, especialmente para ir a hospitais ou clínicas, muitas pessoas passaram a recorrer aos mecanismos de busca para identificar seus sintomas e doenças por conta própria. Muitas terapias medicamentosas também foram amplamente divulgadas e adotadas pelos pacientes, mesmo sem comprovação científica, o que tem levantado preocupações significativas entre os profissionais de saúde a respeito do autodiagnóstico e automedicação.

A importância de procurar um médico

É fundamental que os pacientes busquem um médico, seja um clínico geral ou um especialista, para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento de forma adequada. Por meio de consultas virtuais, médicos de diversas especialidades estão disponíveis para atender pacientes em qualquer lugar do Brasil, a qualquer hora e dia da semana. Essa é uma excelente opção para aqueles que apresentam sintomas leves e buscam orientações sobre o tratamento e a medicação necessários.

A teleconsulta desempenhou um papel fundamental durante a pandemia de Covid-19 ao evitar a exposição a riscos, e continua sendo uma alternativa ágil, prática e segura para consultar um médico, dispensando a necessidade de deslocamento até uma unidade de saúde.

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